domingo, 23 de janeiro de 2011

Uma singela mensagem

“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.” Filipenses 2:3

Essas palavras do Apóstolo Paulo, inicialmente dirigida aos cristãos que viviam na cidade de Filipos, batem de frente com a mais profunda consciência humana. Não quero dizer isso com a pretensão de criticar os outros, mas, por que não, a mim próprio? Contudo, alguém pode se identificar com o que está sendo proposto. Quantas vezes não nos esforçamos para fazer algo que gerará admiração das outras pessoas, elogios, aplausos e outras coisas mais. Engana-se quem pensa que entre os servos de Deus tal coisa não é manifestada. Perceba que a carta foi dirigida a pessoas que já haviam se convertido ao cristianismo. O Espírito Santo sabia que até mesmo na obra de Deus poderia haver pessoas portadoras dos sentimentos citados no versículo. Desde os nossos primeiros aprendizados o mundo tenta encarnar em nós a idéia de que temos que buscar sempre ser melhor que os outros, e explica que dessa forma conseguiremos realizar nossos objetivos e sonhos, teremos um bom emprego, uma excelente posição social. Diante disso, não é de se estranhar a violenta desigualdade social que existe em nosso país e no mundo todo. Só poderia dar nisso. Contudo, a mensagem do Evangelho de Jesus convida-nos a uma subversão. Não no âmbito da política, ou da economia, cultura, etc. Mas no que diz respeito aos verdadeiros bons valores. Digo “bons” porque existem os que levantam bandeiras de defensores da ética e da moral, porém renunciam a Palavra Divina. E isto pode ser notado em diversos casos, que agora não convém falar.
Na segunda parte do versículo o sábio apóstolo recomenda: “humildemente considere os outros superiores a si mesmo”. É necessário tomar certo cuidado com essa palavra. Acredito que Paulo não quis dizer que deveríamos bajular ou paparicar as outras pessoas. Muito menos que tínhamos que nos sentir inferiores aos outros. Mas que podíamos colocar os interesses do irmão no mesmo plano que o nosso, deixando de atender, assim, aos próprios impulsos egoístas e vaidosos. Sendo assim, o versículo que sucede o que fora citado complementa:
“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” Filipenses 2:4
Neste mesmo capítulo, agora a partir do versículo 5, Paulo sugere que tenhamos a mesma atitude de Jesus Cristo, e por isso diz já no versículo 6:
“que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se”.
Ou seja, mais uma vez Jesus nos dá um lindo exemplo do que é ser humilde de coração, pois aparentemente é muito fácil ser humilde. Contudo, quantos de nós estamos verdadeiramente dispostos a deixar de lado o estatus ou posição social que alcançamos? Os privilégios e títulos que recebemos por termos atingidos certos objetivos ou ocuparmos determinados cargos? Por favor, não estou insinuando que é necessário largar tudo aquilo que conseguimos com o suor do nosso esforço, mas sim que somos muito mais que isso. Ninguém se resume a posição social ou a profissão que escolheu. Imagina só: Jesus sendo dono de absolutamente tudo, perfeito, conhecedor de todas as coisas, escolheu deixar de lado essa glória para estar cada vez mais próximo do ser humano, e em especial daqueles mais sofridos e marginalizados. O Senhor escolheu descer a terra para ser gente, não necessariamente como a gente, pois Ele escolheu amar, perdoar, ser obediente ao Pai até o seu último momento, onde entregou-se de vez em favor da humanidade. E fez tudo isso não porque merecíamos, mas simplesmente por nos amar de uma forma plenamente perfeita e incondicional. Há pouco tempo vi um documentário sobre a vida de Madre Teresa de Calcutá. Comparando com a minha, de forma rápida e fácil pude perceber o quanto estou na idade da pedra, falando em termos do ser cristão verdadeiramente semelhante ao Mestre. E pergunto-me: O que tenho feito pelo próximo? Essa singela mulher, independente de crenças, dogmas, doutrinas ou cores, dedicou sua vida em favor da causa humana. Não sei, sabe, eu posso estar enganado, mas não será isso ser cristão? Do que me adianta pregar o dia inteiro e não viver em verdade aquilo que falei ou falo? É como o apóstolo Paulo escreve lá em sua primeira carta aos coríntios no capítulo 13: Se não tivermos amor, de nada valerá termos os dons de profetizar ou falar em línguas, por exemplo. Seremos como o sino que ressoa ou como o prato que retine, isto é, apenas faremos barulho e com o tempo irritaremos as pessoas ao invés de atraí-las pelo Espírito de amor.

- Carlos Henrique

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Uma legenda

O Sob Letras foi pensado primeiramente por duas pessoas entediadas no pré-vestibular. Carlos Henrique e Flávia, os dois pensadores vestibulandos, não tiveram tempo para postar nada no Blog, que foi feito pelo Amaro.O Blog por sua vez ficou parado e, agora que ambos conseguiram passar no temido vestibular, voltam a escrever os mais diversos textos para treinar aquilo que vão usar ao longo de suas vidas profissionais: a palavra. Flávia e Carlos Henrique, estudantes da FACHA e UERJ respectivamente, escrevem textos que aqui podemos dividir no que chamamos de mundos: o da fantasia e o real. Os textos contidos em Fantasia geralmente são sonhados para se desprender totalmente da realidade, o que difere dos textos de Real que aborda assuntos do cotidiano de forma crítica ou fatos bizarros da vida. Por fim temos Retratos, onde teremos fotografias aleatórias.
Enfim, o Blog é isso. Nós da equipe esperamos que gostem do nosso mundo lúdico que não passa de um ensaio jornalístico e que descubram onde está toda a essência: Sob Letras.

- Flávia Freitas Gomes