O jornal de domingo,
atualmente de sábado:
mudança de costumes
Flávia
Freitas
A
|
pós
a publicação na Revista de Comunicação do texto “Jornais de domingo. Ou de sábado?”, do jornalista Gualter Mathias
Netto, abrimos uma discussão mais ampla do assunto abordado. O editorial
retrata a transferência do antigo calhamaço dos jornais de domingo, para
sábado, e traz à tona duas questões: a quebra de hábito da leitura aprofundada
do domingo e o consumo de notícias que Gualter chama de “velhas”, por não
precisarem de dia certo para ser publicadas. De acordo com o jornalista, a
mudança estaria acontecendo devido ao fato de que o sábado seria um dia
“escasso de acontecimentos”, o que justificaria a antecipação de matérias de
domingo que foram produzidas durante a semana.


A pesquisa mostra do ponto de vista qualitativo, que os jornais
são identificados com "profundidade", "confiabilidade" e
"detalhamento e abrangência de informações". Algo que não é
encontrado na internet. Outro dado sobre o hábito desse consumo evidencia que
67% fazem a leitura entre as 9h e as 13h, por 38 minutos, em média. Muitos
identificam o jornal com o café da manhã.
Por isso que para Beatriz Bernardino, Meteorologista e leitora de
impresso desde a infância, a mudança nos dias das publicações não agradou. “Para mim essa mudança não é muito boa, porque é no domingo que eu tenho
tempo de sentar para ler com calma. No sábado sempre tem coisa para fazer, no caso fazer feira, ir ao
supermercado... Domingo eu tomo café lendo o jornal.” Portanto, a dica é
esperar, pois apenas o sucesso, ou o fracasso, desse novo formato ditará se o
hábito nas manhãs dominicais prosseguirá ou não.