segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Dorinha"

"Dorinha". Esse era o nome mais repetido na música cantada pelo o homem no ônibus que peguei.
Eu estava voltando da faculdade por um caminho diferente. Como chovia muito, decidi ir primeiro para o centro de Duque de Caxias e depois pegar uma condução pra casa, localizada numa região periférica desse município. Minha amiga Bruna, que também faz faculdade de jornalismo na FACHA, estava comigo e presenciou a cena. Nem me lembro mais do que estávamos conversando quando fomos interrompidas por esse senhor do vídeo abaixo. Ele começou a cantar várias músicas em alto e bom som. DO NADA. Todos que estavam no ônibus riram da situação. O homem cantava, batia o pé e, diga-se de passagem, interpretava muito bem. A última música, filmada por mim e postada aqui no Blog, é a que fala de "Dorinha": um relato saudoso de uma paixão.
É tão incomum ver um rompante desse que, sem querer, provoca o riso. Felicidade? Insanidade? Afinal de contas, será que a Dorinha pode nos explicar isso?


- Flávia Freitas Gomes

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Carta

Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2001.


Senhor Carlos Lira Matos:

        Nos dias que se seguiram após o recebimento de sua carta, a qual eu li imersa em minhas lágrimas, pensei incessantemente na decisão tomada por mim quanto à vida indefesa que carrego no meu ventre. Seria ilusão de minha parte prosseguir com a ideia de que, retirando o fruto de uma violência sexual, me absteria das lembranças que me fizeram tomar tal atitude.
A ausência de uma figura paterna e recursos financeiros também me privaram de analisar as consequências ruins que um possível aborto traria a meu corpo. Mulheres mutiladas e histórias de outras que perderam a vida retirando a que estava dentro de si me serviram como exemplo, ao explorar minha consciência um tanto confusa em meio aos fatos que ocorreram comigo, de que o julgamento que havia tomado era errôneo. Contudo, não posso deixar de dizer ao senhor, que tanto me influenciou a mudar de opinião, que infelizmente não tenho como oferecer um futuro digno ao feto que está em meu ventre. Desse modo, prefiro entregá-lo à adoção, onde uma família dará a ele um lar, amor e esperança de dias melhores. Melhor que vê-lo passando por necessidades básicas de vida.
Agradeço pela atenção e incentivo à valorização da vida. Igualmente ao senhor, não sou católica e nem tenho religião.  Porém, mesmo sem credo, sei que a vida é mais importante que armas, guerras e resultante choro e dor. E se a violência acarreta essa marcha constante em direção à morte, começo a caminhar contra ela com pequenos passos e uma atitude bem simples: deixando a vida viver.

Atenciosamente,

Sabrija Gerovic

Flávia Freitas Gomes

sábado, 14 de maio de 2011

Ele é

O Amor
Sentimento que domina
Que à vida dá a cor

Amor
Entre duas pessoas
Quem o sentiu também já teve dor

Amor
Tempero da saudade
Ao beijo o sabor

Amor
Da alma o esplendor
Da convivência o vigor
Dos apaixonados a flor.

- Flávia Freitas Gomes

Guerra do Golfo

A Guerra do Golfo teve início no dia 2 de agosto de 1990 entre dois principais países: Iraque e Kuwait. O conflito começou quando, em julho do mesmo ano, o presidente iraquiano Saddam Hussein acusou o Kuwait de estar extraindo petróleo em demasia, fazendo o preço do mesmo cair e prejudicar a economia iraquiana. Assim, o ditador exigiu indenizações do país que, não aceitando a imposição de Saddam, foi invadido por tropas do Iraque no segundo dia de agosto de 1990 que tinham intuito de controlar os campos de petróleo da região kuwaitiana. O fato despertou reação da ONU e outros países, dentre eles os Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, Egito e França.
Em meio à invasão iraquiana, a Organização das Nações Unidas impôs no dia 4 de agosto o fechamento comercial do Golfo Pérsico, que fornecia petróleo a países como EUA. O fato levou os norte americanos a se desesperarem como também levou Saddam a anexar o Kuwait como a 19ª província do Iraque e tentar unir a nação árabe em prol da sua causa, mas a tentativa foi em vão. Com essa divisão territorial, a ONU decretou no dia 29 de novembro que autorizaria o uso da força caso as tropas do Iraque não desocupassem as terras do Kuwait até o dia 15 de janeiro de 1991.
            Com o fracasso da decisão, dois dias após o vencimento do prazo estipulado pela ONU, se iniciou um intenso ataque aéreo, realizado a partir da aliança entre 29 países, liderado pelos Estados Unidos da América. O lado aliado contou com uma grande tecnologia em armamentos e equipamentos eletrônicos. Já o Iraque, que contava com armas químicas e biológicas, diferentemente do que todos pensavam, não foram utilizadas. Em pouquíssimo tempo o país berço da guerra se encontrava em ruínas.
No dia 28 de fevereiro, o presidente norte americano George Bush declarou cessar fogo, mas o Iraque só o aceitou em abril. O Kuwait perdeu quase 10 bilhões de dólares com a queda da produção de petróleo, mas voltou a ser independente. Por não entregar seu armamento químico e biológico o Iraque ainda sofreu duas sanções econômicas e o embargo econômico da ONU ao país tornou-se ainda mais severo.
Quando as tropas iraquianas se preparavam para sair do solo kuwaitiano o ex-ditador Saddam Hussein mandou incendiar 730 mil poços de petróleo que, com a nuvem de fuligem e gases tóxicos, matou no mínimo mil pessoas diretamente. O fogo só foi controlado após oito meses, mas o desastre ambiental deixou marcas até hoje.
Para os norte americanos, a guerra do golfo ainda não havia terminado pois o objetivo maior, que era prender Saddam Hussein, não havia sido realizado. Em 2003, 2 anos após os atentados terroristas ao World Trade Center e já no governo de George W. Bush, o Iraque foi invadido pelo EUA. Desta vez, Saddam foi preso e enforcado no dia 31 de dezembro de 2006.
Hoje, a economia pequena do Kuwait ainda é baseada na venda de petróleo e ele corresponde a quase metade do PIB do Kuwait, 90% das exportações e 80% da renda de governo.

- Flávia Freitas Gomes

Fontes de pesquisa:

http://www.guerras.brasilescola.com/guerra-golfo/
http://www.infoescola.com/historia/guerra-do-golfo/
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL812800-16020,00-CONDENADO+A+MORTE+E+NA+FORCA.html
http://mundoestranho.abril.com.br/ambiente/pergunta_286521.shtml
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2006/12/30/287236254.asp